Voltei do RD Summit deste ano com o coração feliz: voltamos à essência do marketing. Eu que prego isso há anos, me senti renovada. Claro que vimos muito de tecnologia, robôs e inteligência artificial. Afinal, é um congresso de marketing digital e não tem como a tecnologia e as tendências não estarem presentes. Entretanto, algo vem mudando desde o ano passado… Estamos buscando entender o nosso cliente em profundidade.
Então separei as 4 coisas que mais mexeram comigo e que ficaram deste RD Summit 2018. São tópicos que se costuram como um ponto de tricô cada vez mais colorido e bem amarrado, em que um depende do outro. E, para a minha surpresa ao reler o que escrevi sobre o RD Summit do ano passado, várias coisas se repetiram!
4 grandes aprendizados do RD Summit 2018
1 – Estamos voltando às origens do marketing
Sim! Em pleno século XXI ainda há uma visão errada sobre ele (até já escrevi sobre isso em outro artigo). Marketing é ter o cliente no centro de tudo: o que ele deseja, como pensa e como age. É nortear todas as ações da empresa a partir de quem paga as nossas contas: o cliente! E se falamos de clientes, falamos de pessoas.
2 – Vendemos para pessoas!
Sim, o futuro terá muitos robôs trabalhando conosco e em todas as áreas de atuação. Mas máquinas não existem sem pessoas! Porque atrás de cada tela de computador ou smartphone, existe um ser humano com desejos e necessidades a serem atendidas. E nós, esses serezinhos imperfeitos, gostamos de histórias, de coisas com significado e somos regidos pelo nosso coração.
Pessoas sentem, vivem, experienciam! O próprio evento do RD Summit usa e abusa disso. E vou dizer: é muito bem sucedido. É música, é vivência, é riso, é choro. Tudo para que se aprenda mais e mais sobre… pessoas! E tudo isso tem relação com a emoção dessas pessoas!
3 – Emoção!
E como se falou de emoção neste RD Summit. Emoção que vem com as experiências que queremos no nosso consumo. Emoção que é explicada e utilizada no neuromarketing. Nesta edição, vi diferentes formas de mostrar o nosso cérebro e tentativas para entendê-lo cada vez mais. E por que isso? Porque somos seres muito complexos e vender para nós está cada vez mais complexo também. Nossa jornada de consumo é cheia de curvas, de nuances e de escapes. Tim Ash chegou a falar que temos três cérebros: o de reação, o de sentimento e, por último, o de razão.
4 – Faça boas perguntas!
Sim, pois são elas que podem lhe dar pistas do que o seu cliente deseja. Marcelo Tas brilhantemente falou sobre isso no último dia do evento. Vivemos na era das redes sociais, mas “a vida muda com as redes de carne e osso”. Então quer vender mais, ter maior conversão, conquistar um boca a boca e atingir melhores resultados? Pergunte, pois somente o seu cliente poderá dar pistas do que ele está buscando. Matheus Santos também falou: “seja sempre um ignorante! Vá em busca de informações”.
Para concluir gostaria de usar a metáfora que Vitor Peçanha utilizou em sua fala e que também faz analogia com o mercado imobiliário: marketing é como uma casa. Todas têm telhado, portas, chão e janelas. Todas essas coisas podem mudar de cor, de formato e de estilo. Os móveis também podem mudar: caros/baratos, modernos/clássicos. Mas há algo que nunca muda em uma casa: ela sempre foi e sempre será habitada por pessoas!
Então, nunca podemos esquecer que marketing sempre será feito por e para pessoas, independente da forma ou do modismo do momento. Marketing digital, marketing de conteúdo, Inbound marketing, funil de marketing… tudo nos leva sempre ao ser humano que desejamos que escolha o nosso produto, a nossa empresa e a nossa marca.